Conselheiro Lafaiete inaugurou, nos dias 19 e 20 de setembro, projeto itinerante que leva ao interior de Minas e do Rio de Janeiro atrações teatrais, de dança e oficinas

Valorização da cultura local e entretenimento de qualidade ao alcance de todos. Essas foram as principais propostas da 6ª edição do projeto itinerante Trem das Artes, que deu início à sua temporada 2009, no último fim de semana (19 e 20 de setembro). Atrações gratuitas foram realizadas na Praça do Cristo.

Teatro, dança e oficina de arte-educação voltada para o público infantil estavam entre as atrações do Trem das Artes. As manifestações artísticas das comunidades visitadas pelo projeto também tiveram lugar cativo. Para dar visibilidade e estimular a valorização da cultura local, em cada cidade foi escolhido um grupo típico para se apresentar na abertura do evento.

Em Conselheiro Lafaiete, as atividades começaram no sábado (19), às 20 horas, com a apresentação do grupo local “Cenas e Ruas de Queluz”. Às 20h30, subiram ao palco o grupo Corpo Cidadão, com o espetáculo “Consumidor Loko”. Braço social do renomado Grupo Corpo, a companhia apresentou montagem que aborda o consumismo, tema das oficinas de arte-educação do projeto Corpo Cidadão, realizadas em parceria com o Sambalelê em 2008, ano que a ONG comemorou 10 anos de atividades.


A direção artística de “Consumidor Loko” é de Fernando de Castro e algumas coreografias são assinadas por Rodrigo Pederneiras (coreógrafo do Grupo Corpo). As estamparias e os figurinos foram concebidos pelos jovens do Programa de Profissionalização do Corpo Cidadão com o apoio dos profissionais do Curso de Design e Moda da Universidade Fumec. A trilha sonora, assinada pelos educadores e alunos do projeto, teve direção de Fred Jamaica.


Já no domingo (20), a programação começou bem cedo, às 9 horas, com a oficina para crianças Berimbalança. Coordenada pelo professor de educação física Freddy Freiha, a atividade misturou técnicas da capoeira e do circo estimulando o desenvolvimento da criança em cinco pilares estruturais: motor, afetivo, social, cultural e cognitivo. Na oficina, músicas infantis cantadas na escola são transportadas para o universo da capoeira


Logo depois a atração infantil “Rúbia: brincando e contando histórias” encerrou, às 11 horas, a passagem do Trem das Artes por Conselheiro Lafaiete. O espetáculo, apresentado pela animadora, educadora e contadora de histórias Rúbia Mesquita, transportou crianças e adultos para um mundo mágico. Atividades lúdicas, dinâmicas e cantigas fizeram parte da peça dirigida por Renata Mesquita e Fernanda Andrade. A apresentadora também abordou o tema da segurança nas linhas do trem. Durante uma conversa divertida e educativa com um maquinista da MRS ela falou sobre a importância da ferrovia, informando e conscientizando as crianças com relação aos perigos que a linha de trem representa e sua essencial função como meio de transporte.



Oficina foi destaque na programação cultural

A programação do Trem das Artes em Conselheiro Lafaiete foi muito além das atividades artísticas. Durante dez dias ( 8 a 18 de setembro), artistas, gestores públicos, agentes e produtores culturais participaram da oficina “Desenvolvimento de Projetos Culturais”. O objetivo da oficina foi capacitar todos os participantes para a utilização de técnicas de mapeamento cultural, diagnóstico participativo, planejamento e elaboração de projetos.

A partir da atividade os alunos adquiriram embasamentos teóricos e conceituais sobre políticas e planejamento, bem como sobre mecanismos de financiamento à cultura, dotando-os de técnicas e conhecimentos para uma atuação mais profissional e consciente na área cultural que cada vez mais exige de seus profissionais uma postura ética e segura.

Como etapa preliminar à realização da oficina, mas parte do processo formativo foi realizado um exercício de mapeamento cultural no qual os próprios alunos, sob a supervisão e com instrumentos e metodologia elaborados pelos monitores, levantaram dados culturais relevantes para melhor conhecimento dos contextos culturais dos quais participam e, por conseqüência, maior consciência para a proposição de projetos que venham a interferir nas realidades locais.

A oficina “Desenvolvimento de Projetos Culturais” foi ministrada pela professora Ana Flávia Macedo, em 45h/aula, na Agência de Desenvolvimento de Conselheiro Lafaiete (ADECOL). Toda a programação foi gratuita.


Conselheiro Lafaiete – com cerca de 112 mil habitantes e distante 100 Km de Belo Horizonte, a cidade é considerada uma das mais desenvolvidas de Minas Gerais. A indústria agropecuária e o comércio em constante crescimento são os destaques de sua economia. Habitada no século XVII por índios carijós, sua história está ligada aos tempos das descobertas de ouro na então província das Minas Gerais. No ano de 1709, o Visconde de Barbacena, então governador da Capitania, atendendo aos apelos da população, elevou a freguesia à categoria de vila, passando a chamar-se Real Vila de Queluz. Em 1866, a vila torna-se cidade e, posteriormente, em 1934, em homenagem a Lafaiete Rodrigues Pereira, ministro do Império, recebe o nome de Conselheiro Lafaiete

FONTE: Assessoria de Imprensa - Sinal de Fumaça

Pollyanna Alcântara (pollyanna@sinaldefumaca.com.br)